sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Resenha da História dos Estados Unidos de Leandro Karnal, Purdy, Fernandez e de Morais.

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Macaé
Graduação em História







Bruno Botelho Horta
Quarto Período







Resenha da História dos Estados Unidos de Leandro Karnal, Purdy, Fernandez e de Morais.

Matéria: História da América
Professor: Victor Temprone










Os Estados Unidos permaneceram entre 1814 e 1898 longe da política internacional e mergulhados na doutrina Monroe. Mas os interessem sempre estiveram nesta direção, pois a própria doutrina Moroe era uma política internacional. Os EUA sempre tiveram interesse em expandir o seu mercado consumidor, principalmente para o extremo oriente e montar um protetorado no Havaí. Historiadores apontam uma elite bélica na costa leste direcionando esforços para uma marinha de guerra. Nomes como o de Willian H. Seward, secretário de estado, Theodore Roosevelt, então secretário assistente da marinha, o presidente Grant e o secretário james G. Elaine.
Cuba era o maior interesse dos EUA para ampliar sua política expansionista, seria a porta de entrada para o caribe. Uma lei das tarifas chamada lei McKinley de 1890, isentava o açúcar cubano de pagar impostos aduaneiros, quando essa lei foi suspensa a ilha entrou em crise uma revolta foi massacrada pela Espanha e mesmo com uma pressão para ajudar Cuba o presidente Cleveland não atacou os espanhóis da ilha, isso só viria a acontecer em 11 de abril de 1898, depois do navio de guerra americano U.S. Maines sofrer um taque durante uma visita a Havana onde 260 marinheiros morreram. Para evitar uma política imperialista opositores do congresso aprovaram uma lei que não autorizava os EUA a montar uma base em Cuba. Simultaneamente o Comodoro George Dewey recebe ordens de atacar a capital das Filipinas, Manila, que também enfrentava uma luta colonial contra a Espanha. Os EUA saem vitoriosos. Cuba e as Filipinas não foram anexadas ao território dos EUA por questões constitucionais, racistas e estrategistas.
As Filipinas só se estabeleceriam como república após a segunda guerra, Cuba permaneceu orbitando os EUA, Porto Rico se tornou um estado livre associado aos EUA. Paralelamente a esses acontecimentos a Inglaterra reconhecia e apoiava a política dos EUA no caribe e no oriente.
O expansionismo dos EUA foi crescendo com acordos com o Japão para garantir as Filipinas para os EUA e a Manchúria para o Japão. Financiou a revolução do Panamá para construir o canal, separando-o da Colômbia. Em resumo de 1900 a 1920 os EUA interviram em Cuba, no Haiti, na República Dominicana, na Nicarágua e no México.
Duas teses tentam explicar o caráter expansionista dos EUA. O primeiro é econômico onde o mercado americano necessitava de matérias primas para seu mercado interno, outra de que os EUA eram exemplo de ética e retidão protestante e deveriam levar essa retidão aos povos não remidos do pecado do México e de toda a América do Sul.



De um século a outro

Um país sem nome que de 1800 com 16 estados chega a 1900 com 45, banhado por dois oceanos, a mesma constituição e sonhando com o futuro.



O Século Americano
A Era progressista: 1900 – 1920.


No início do século XX os EUA possuem um grande parque industrial, comandado por grandes monopólios, superando as nações europeias. O Darwinismo social justificava as políticas opressoras. Horas excedentes de trabalho, baixos salários e péssimas condições de trabalho eram justificadas pela capacidade de raciocinar e trabalhar do povo americano. Capacidade superior a índios, latinos e a demais imigrantes.

Capitalismo monopolista e trabalho.

A economia que era agrícola e artesanal na virada do século se torna industrial. A expansão das ferrovias facilitou os acessos e a expansão agrícola, de extração de ferro e na abertura do mercado. Grandes empresas dominavam o mercado dos EUA. J. P. Morgan e John D. Rockfeller controlavam 48 e 37 empresas respectivamente. Os salários eram muito baixos e os benefícios trabalhistas não existiam. As empresas preferiam empregar mulheres e crianças, pois os salários eram mais baratos.


Imigrantes e o sonho de “fazer a América”


Cerca de 25 milhões de imigrantes chegaram aos EUA entre 1865 e 1915. No ano de 1890 a grande maioria da população das grandes cidades era formada por imigrantes 87% em Chicago, 80% em Nova Iorque e 84% em Milwaukee. Dos imigrantes os que mais sofreram discriminação foram os negros, os latino americanos e os asiáticos. Segundo o economista Francis Amasa Walker a sociedade americana considerava que a fibra da sociedade estava se enfraquecendo, pois os imigrantes estavam ultrapassando os números de pessoas anglo saxônicas. Mesmo com todo o preconceito as leis não impediam as imigrações de forma mais efetiva, pois a mão de obra era muito necessária para a indústria do país.



Racismo e a grande migração de afro-americanos.

O sul dos EUA trataram os negros de uma forma bastante discriminatória no início do século XX. Os negros não tinham direito a voto, usavam repartições públicas diferenciadas. Sofriam violência social e policial. Chegando a média de 2 espancamentos por semana entre 1889 e 1903. Em 1900 90% dos negros dos EUA estavam nos sul do país trabalhando nas plantações de algodão. O êxodo em direção ao norte se seguiu de forma intensa, mas mesmo no norte do país os negros sofriam uma discriminação já enraizada na cultura era uma segregação informal mas impunha limitações sócias.



O Jazz e o Blues.

Basicamente uma mistura de ritmos africanos e europeus o blues se originou nas cantigas de trabalho e toadas da época da escravidão. Por fim se transformou em uma das maiores contribuições dos EUA para a música mundial.


O impulso progressista e seus críticos.

Essa era progressista fez surgir diversos segmentos na sociedade preocupados em controlar e prevenir um caos social. Em 1905 duzentos sindicalistas de Chicago fundaram o Idustrial Workes of the World (IWW) popularmente conhecidos como Wobblies. Fundamentalmente anarquistas buscavam um organização social ampla, onde somente a greve e o enfrentamento levariam a classe operária ao poder. Milhares de ativistas foram presos, torturados e executados. Pela polícia e por milícias de industriais.


O partido socialista da América.

Fundado em 1901 misturava ideias marxistas e a necessidade de acabar com a propriedade privada. Seu programa previa a estatização de bancos e ferrovias, trazia benefícios sócias e trabalhistas. Se desenvolveu a ponto de em 1912 seu candidato a presidência receber cerca de 1 milhão de votos. Sua influência chega ao fim junto com o início da primeira guerra.

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